Mais um "a Deus"

Depois de aproximadamente três meses em silêncio o meu corpo sentiu vontade de falar, há um grito preso na minha garganta, palavras soltas em minha cabeça e pensamentos perdidos entre as linhas que aqui escrevo e por muitas vezes deleto.
Ontem (30.11.09) eu estava comemorando o aniversário de um primo na cidade baixa, enquanto no outro lado da cidade, um drama. A família Camacam despede-se precipitadamente do jovem Luciano, de apenas 23 anos, recém formado em jornalismo, vítima de meningite (assunto que tratarei no próximo post).
Não eramos grandes amigos, mantinhamos apenas uma boa relação de colegas de graduação, o suficiente para me fazer sentir e lamentar bastante. Chorei a morte desse jovem que iniciava uma carreira profissional na Tv Aratu como produtor do programa "Na Mira", e que como todos nós, tinha uma cabecinha cheia de planos e sonhos. Infelizmente não conseguiu realizar todos, mas acredito que nenhum de nós consigamos essa façanha.
A morte é a única certeza que nós temos na vida, ouvia muito os mais velhos dizerem isso, mas infelizmente nós nunca estamos preparados quando ela chega e nos surpreende levando alguém próximo. Essa notícia me chocou bastante e me fez repensar muitas coisas sobre a vida, me fez ter a certeza de que o único valor que nós temos é o presente, o que vivemos agora, dançamos, curtimos, beijamos, rezamos, cultivamos o bem e etc.
Certeza vez, Alexia Ananda, uma linda menina de apenas cinco anos, me deixou com lágrimas nos olhos quando assistiamos uma dessas novelas de vale a pena ver de novo e um personagem morreu, ela disse: "meu tio, todo mundo vai morrer é?" eu não sabia o que falar, automaticamente meus olhos foram tomados pelas lágrimas que impediam a pureza na minha voz, e trêmulo eu respondi: "sim meu anjo, nós temos uma missão aqui e depois voltamos pra papai do céu", não contente ela voltou e disse com toda inocência: "mas meu tio, você, minha avó, minha mãe e até eu vou morrer um dia??" Quase sem conseguir uma resposta eu coloquei ela ao meu lado e disse: "Nanda, todos nós vamos, até as melhores pessoas morrem, por isso devemos aproveitar a vida e fazer sempre coisas certas", ela finalizou: "ah mas eu não quero morrer não meu tio".
Nossa, eu fiquei com aquela conversa na cabeça, hoje me peguei pensando nisso e vi que tem coisas que por mais que tentemos explicar as respostas não vem à cabeça.
Ao chegar no cemitério e constatar que era mesmo Luciano Camacam, um filme rodou na minha cabeça, lembrei das nossas brigas, conversas descabidas, pensei nas diversas vezes em que apenas nos comprimentavamos por educação, mas jamais desejaria o mal ou imaginaria vê-lo nesta situação. Quando me deparei com o caixão e lá estava ele, meu Deus, era verdade. Até aquele momento eu me imagina numa daquelas aulas de audiovisual, ministradas por Manu Iglesias, em que precisavamos montar uma cena e aquela parecia a cena criada na minha imaginação...
Vi algumas pessoas que nem faziam os melhores comentários sobre a pessoa dele abraçando a inconsolada mãe, fazendo daquele o seu espaço de aparição e estrelismo, já que a imprensa estava presente. Vi a maioria expressando em seu silêncio e ou lágrimas uma verdadeira saudade que jamais podemos explicar em palavras, ví também o desespero de uma irmã que deixa naquele caixão parte da sua história e referência de amizade.
Mas de tudo que eu vi pude ter a certeza de que a sua missão foi cumprida e os aplausos prestados no momento do enterro expressam isso mais do que qualquer palavra.

Vai com Deus Luciano, que ela esteja com você te ajudando a proteger a sua família.

Neste momento peço a Deus através das minhas palavras sabedoria e conforto para os amigos mais próximos e famíliares. Prefiro apagar da minha mente aquela cena no caixão, quero lembrar desse menino birrento, muitas vezes chato, brigando por tudo e com todos e dessa forma viva ele vai permanecer na minha memória com a essência de ter sido desta ou de qualquer forma, Luciano Camacam...

Meus sentimentos!

Resolvi postar essa música abaixo para que reflitamos e não esperemos a hora do Adeus para falar que amamos as pessoas e o quanto elas são importantes em nossas vidas...


Sei que amanhã
Quando eu morrer
Os meus amigos vão dizer
Que eu tinha um bom coração
Alguns até hão de chorar
E querer me homenagear
Fazendo de ouro um violão
Mas depois que o tempo passar
Sei que ninguém vai se lembrar
Que eu fui embora
Por isso é que eu penso assim
Se alguém quiser fazer por mim
Que faça agora
Me dê as flores em vida
O carinho
A mão amiga
Para aliviar meus ais
Depois que eu me chamar saudade
Não preciso de vaidade
Quero preces e nada mais

(Nelson Cavaquinho e Guilherme de Brito)


Estou exausto, vou dormir...

Adilton Imperial

"... Sorrir quando tudo terminar, quando nada mais restar do teu sonho encantador, sorrir quando o sol perder a luz e sentires uma cruz nos teus ombros cansados doídos, sorrir vai mentindo a tua dor e ao notar que tu sorrís todo mundo irá supor que és feliz..."

Eu tive a honra de conhecer essa bela canção na encantadora voz de Rodrigo de Deus (Olodum & Banda Vitrolados) e resolvi começar esse texto com um trecho dela, apenas como uma reflexão para que valorizemos mais o nosso sorriso e os sorrisos que nos são dados. Na realidade por estar "afastado" da minha família e amigos, eu tenho me apegado mais às belas canções que compõem a nossa MPB. Durante esses quase 30 dias na terra da garoa, enfretando frios momentos e congeladas pessoas, a música tem me livrado do caminho que indicaria a uma possível solidão. O silêncio que mais me incomodava até então era o interno, era como se eu estivesse morrido e estava sendo representado apenas por um corpo. Eu estava tão desconcentrado que não conseguia compartilhar os meus pensamentos que se resumiram única e exclusivamente em lágrimas que por momentos eu acreditava estarem afogando o meu coração e só agora eu percebi que as minhas lágrimas apenas serviram como água benta, para lavar e purificar o meu coração assustado.

Ser nordestino aqui
é padecer em risos
compartilhados a favor do seu
desmerecimento regional.
Ruas imensas, futuros promissores
e cabeças tão pequenas,
pensamentos tão restritos numa cidade
extensa e reveladora.
São Paulo com suas entradas e saídas
arranha-céus e fere corações
fabrica sonhos e manipula sensações
Mas tem seus cantos e encantos
entre Augustas e Marias, Armênias, Freis e Santos
revela a todo canto
um amor que quem vive
cosmopolita
São Paulo mesmo com toda agressão,
supre uma necessidade boa em meu coração
Salvando Joãos, Paulos e Ipirangas
cidade que me acomete
inúmeras sensações, planos e desejos
fábrica de sonhos que empregou
o meu coração.
Adilton Imperial


"É preciso amar as pessoas como se não houvesse amanhã,
porque se você parar pra pensar na verdade não há..."


Renato Russo



É engraçada a idéia que temos do tempo quando crianças.
Achamos que o futuro é muito longe, que jamais precisaremos trabalhar e a nossa única obrigação é com os estudos. As meninas anseiam pelo baile de debutante, os meninos desejam os 18, achando que assim conquistarão a maioridade e ninguém pode mandar mais nas suas atitudes. Talvez esse seja um dos maiores enganos da adolescência. Na realidade, aos 18 anos evoluimos no processo de amadurecimento, começamos a entender melhor as coisas ou não, começamos a descordar das opiniões, formam-se as nossas opiniões e verdades. Os 18 anos chegam e ainda muito jovens, desejamos fazer 21 pra entrarmos naquele boate, num barzinho mais reservado e enfim... Ai se soubessemos o que encontraríamos pela frente com certeza desfrutariamos mais dos 10 anos de idade, brincando na porta de casa com os amiguinhos, passariamos mais tempo nos envolvendo com os nossos estudos, pois assim começariamos a melhor definir o futuro.
O futuro é sempre esperado... Lembro que na minha infância ouvia vários comentários do tipo: "isso é bom pro seu futuro" e até hoje os ouço. Esse futuro que as vezes se mostra tão próxima, mas parece infinito. Infelizmente é necessário chegar ao fim, e falando em fim, uma certa vez a filha de minha prima, de aproximadamente 06 anos de idade, assistia uma novela em que o personagem morreu. Ela disse: Meu tio ele morreu né? E o que é a morte? Eu sutilmente tentei explicar que a morte é quando mudamos dessa vida pra outra e ela não satisfeita disse: Ah mas e se eu não estiver com vontade? Confesso que os meus olhos encheram de lágrimas e eu disse: Nanda, isso é Deus quem decide. Ela: Ah meu filho! Então você também vai morrer é? Eu quase chorando tive que explicar pra ela que todos morreriamos um dia.
Ela calou-se por mais ou menos dois segundos, apenas isso e disse: Ah mas eu ainda sou criança né? Ainda tem um monte de coisa pra eu fazer, até ficar velhona... Ai fomos embalados num riso e eu disse que eu estava velho, ela não ficou por baixo e veio com uma conversa de que eu ainda era novo por que não tinha casado, por que não tinha cabelo branco e era bonito...
Então, não sei porque mas eu resolvi escrever esse texto hoje, compartilhar essa idéia de valorização do tempo. Ah lembrei sim, eu decidi depois que vi uma foto minha, com um tremendo óculos fundo de garrafa. Acho que eu tinha uns 8 anos. Ai passou aquele filminho na cabeça e eu estava pensando que é ilusão a idéia que temos quando crianças de que o tempo não passará e seremos sempre meninos e meninas, com direito a brincar e cantar por tudo. Mas será que de fatos não somos eternas crianças, presas num tempo que não passa?


Adilton Imperial





13 de maio, dia da abolição da escravatura. Mas parece que Isabel esqueceu de libertar os escravos do conhecimento. Mais uma vez viajei a Santo Amaro da Purificação pra gravar entrevistas pro documentário. Acredito que essa tenha sido a última das gravações, em Santo Amaro, pois em Salvador ainda restam mais duas. Em seguida partiremos pra decupagem de imagens que será feita nesse final de semana. Cada dia de gravação tem seu marco especial, cada entrevistado tem sua contribuição que nos impulssiona ainda mais a concluir um excelente trabalho. Hoje, o cantor Jota Veloso nos concedeu um belíssimo depoimento sobre a trajetória artistica e pessoal de Dona Edith do Prato, deixando todos emocionados e fazendo uma linda homenagem pra ela. A gravação foi feita em dois pontos da varanda da casa de D. Canô. Jota fez questão em ajudar e nos convidou pra assistir a um show dele na próxima terça-feira, no Tom do Sabor. Nós, é claro, não perdemos a oportunidade e convidamos ele pra apresentação do nosso TCC (Trabalho de Conclusão de Curso). Hoje contamos com o apoio da fotógrafa Carla Ornelas, dando mais carinho ao nosso trabalho. Depois de Jota, fomos andando pela cidade em busca de Roberto Mendes, filho de consideração de Edith. Ao chegar lá, fomos mais uma vez muitíssimo bem recepcionados e Roberto se mostrou um cara fantástico. Ele comentou momentos bem particulares com Edith, xingou, como era de costume junto dom ela e falou muito bem sobre o samba de roda, cultura popular, importância de Edith pra disseminação desse ritmo e emocionado falou sobre a vida pessoal de Dona Edith. No meio disso, encontramos a historiadora Maria Mutti, que por conta do Bembé do Mercado, que estava sendo realizado no mesmo dia não tinha muito tempo, mas utilizou bem o que tinha e falou com maestria sobre samba de roda e Edith do prato. Infelizmente por alguns desencontros o cantor Caetano Veloso não nos concedeu entrevista, mas ainda continuaremos tentando. No caminho o que nos restava era comentar as entrevistas, sugerir novas idéias e formar novos conceitos pra elaboração deste projeto.

Antes das 22h00 já estávamos de volta a Salvador e seguimos pra casa pois, ainda há muito o que fazer.

Tentarei encontrar um tempinho pra postar novidades.

Obrigado pela sua leitura!

Adilton Imperial

Chegamos na sexta-feira a noite e a ansiedade era notada entre os envolvidos no trabalho afinal, no dia seguinte às 10h da manhã seriamos recebidos pela matriarca dos Veloso, em sua casa.No horário combinado estávamos lá e fomos muitíssimo bem recebidos. Nos deparamos frente a frente com Dona Canô, elá estava linda em seu quarto, à nossa espera. Mas pra ela não era o suficiente, ela exigia que só começaria a gravação quando estivesse com brinco nas orelhas. Pedido atendido e começamos as gravações...
Impressionante como Canô contagia a todos com a sua força e vontade de viver. Lúcida, gente valer lembrar que ela tem 101 anos de vida e diga-se de passagem com muita saúde, a única dificuldade é que ela está com a audição um pouco afetada e tinhamos que falar um pouco alto. Isso me incomodava, pois a minha voz é grave e pra mim era como se eu tivesse gritando ela, como se minha voz fosse ferir aqueles ouvidos tão sensíveis. Logo que eu anunciei a pergunta pra saber como ela e Edith tinham se conhecido, um sorriso largo e emocionado tomou conta do momento, e ela falava com cada gesto, expressão que foi nos emocionando.
Eu estava extremamente envolvido naquela viagem que ela me conduzia, contando a sua trajetória com Edith. Confesso que de tamanha emoção e com o script de perguntas na mão eu me perdi completamente, travei, não sabia o que falar. Os olhos dela estão lacrimejados de emoção e os meus lutando contra isso. Ainda bem que Juliana Coutinho percebeu e conduziu outra pergunta até que eu conseguisse me concentrar novamente.

Na saída do quarto de Canô, no corredor estreito e bem enfeitado com santos e fotos da família reunida, além de flores estava outra tão sensível e linda como. Estou falando de Elza Oliveira, irmã de Dona Edith do prato. Essa ai me conquistou com o primeiro olhar encabulado, com um jeito meigo ao dizer que poderia não saber responder.


Imagina! Ela deu show, provando que a genética foi feliz nas famílias santamarenses. Numa voz suave e discreta, Elza foi perdendo a vergonha das câmeras, eleganterrima como estava, e olhe que ela nem sabia das gravações viu. Mas foi falagrada também num momento de vaidade penteando os cabelos pro vídeo, e ficou lindissima.
Em seguida, nos deparamos com o Secretario de Cultura da Cidade, Rodrigo Veloso. Falando assim, parece um homem extremamente sério né? Mas quem disse que ele não é? Pelo que soubemos e ele pôde mostrar, está sendo desenvolvido em Santo Amaro um excelente trabalho de resgate à cultura local, como a festa do Bembé, dia 13 de maio. Mas esse homem sério foi a nossa diversão e falou de Edith de uma maneira especial, recordando momentos divertidos da dama do samba. Logo entrevistamos a escritora Mabel Veloso que tinha uma propriedade pra falar sobre Edith e sua importância pra disseminação do samba de roda. Sempre maravilhosa nas respostas, conduzia-nos a outras perguntas.
Nos despedimos da casa e recebemos a maravilhosa bênção de Dona Canô, só vivendo pra saber o quanto é significativo. Nessa passagem por lá, levamos Gueu, do Clã dos Veloso pra nos acompanhar pela cidade. Fomos até a casa da historiadora, pintora e escritora Zilda Paim. Lá conversamos sobre a importância de Edith para a cultura do recôncavo e a história do toque no prato. Da casa dela fomos ao cemitério de Santo Amaro fazer algumas imagens. Lá fomos abençoados por oxum, numa chuva maravilhosa que interrompeu algumas imagens, mas logo nos acomodamos e ai usamos a chuva num tom poético pro documentário. Afinal, tinha mesmo de chuver pra sermos abençoados, Edith era filha de Oxum e não deixaria passar assim. Marcamos gravação a tarde com Carol Barreto, mas devido a chuva nos desencontramos e ela estava sem celular, o que dificultou a comunicação. Em seguida fomos pro hotel descansar um pouco. Pouco mesmo, por que em pouco tempo Gueu estava lá pra nos levar prum barzinho na entrada da cidade.
Que farra o que? Não somos de ferro e precisávamos dar uma descansada.


Descansar, essa palavra não existe quando você está envolvido num trabalho, ai como tudo conspira a favor, um rapaz que estava no bar tinha nos visto no cemitério gravando e a noite resolveu falar comigo e se propôs a ajudar. Ele é historiador e poeta, ai pronto!!! O papo no bar inteiro ou pelo menos em duas mesas, era o documentário, era Dona Edith, eram lembranças que iam enchendo de gosto o nosso projeto... Voltamos pro hotel, afinal o domingo (dia das mães) era dia de mais gravações em Santo Amaro.


Ah, finalmente às 8h30 da manhã, o recepcionista do hotel deu o recado que Carol havia deixado na tarde do dia anterior e encontramos ela na casa de Elza. Encontramos Ninho, neto de criação de D. Edith, e me chamou atenção uma fala dele segurando uma foto dela: "ah! vocês não imaginam o quanto eu sinto saudade dessa velhinha", eu sentia que vinha mais emoção por ai. Conversamos com ele e eu muito a vontade, afinal eu estava na casa de tia Elza e da minha saudosa Edith do prato, sentei no chão e ele numa cadeira gravou o seu depoimento com riqueza de detalhes em falas importantíssimas, como o pedido feito por Edith que ele anunciasse a sua morte ao som da música Luzes da Ribalta.


Em seguida seguimos com Carol Barreto e recusamos o convite de comer uma maniçoba preparada pela avó dela... Ah essa terá volta, não aceito ter negado esse convite. Mas tinhamos que ver nossas mães né? Afinal era dia delas e dava pra voltar pra pelos menos dar aquele abraço carinhoso e agradecer a Deus por elas ainda estarem ao nosso lado. Carol fez uma coleção de moda em homenagem a Edith, sendo apresentada em Santo Amaro, Salvador e Recife. Ela falou de Edith como símbolo da cultura Santamarense em falas únicas, como ela. Carol foi e está sendo uma pessoa importantissima na construção desse trabalho. Aliás, eu não posso deixar de agradecer a essas pessoas até aqui citadas, elas nem podem imaginar o quanto estão nos realizando com cada palavra, cada gesto, fazendo desse sonho real. Chegou a nossa hora e voltamos pra Salvador, com certeza com outra bagagem cultural. Santo Amaro respira cultura, transforma pensamentos, faz você ter vontade de viver, de fazer o novo, de fazer diferente. E com certeza é com esse amor que está sendo construído o primeiro documentário sobre a dama do samba. Obrigado meu Deus, por nos permitir esse projeto, nos permitir conhecer pessoas tão maravilhosas e que jamais sairão dos nossos corações. Confesso que passaria o dia aqui tentando descrever cada momento vivido, mas é impossível... Ou talvez isso seja impresso no vídeo documentário Edith do Prato: vida e obra que não se quebram. Quase esqueci, nas idas à casa de Elza ela não nos deixava sair de mãos vazias, sempre um docinho, uma palavra de carinho e viciamos em dar aquele beijo e um abraço gostoso nela. Mas no sábado ela nos surpreendeu com uma foto de Edith a cada um de nós, sem palavras mesmo viu...


Se eu já tinha certeza do tema proposto pro documentário, depois desse final de semana, fico convencido de que não haveria outra proposta pra eu concluir o curso e estar apto a exercer a profissão de jornalista se não essa.


Obrigado Dona Edith, por fazer uma história de vida e obra tão importantes a ponto de Deus me permitir registrá-las.

Adilton Imperial